Aprendendo.


Depois daquele dia cheio, onde palavras pouco ensaiadas fizeram do meu dia infeliz, um choro permaneceu dentro de mim durante todo o trajeto até em casa, me consolava o fato da minha casa ficar cada vez mais próxima ao par em que eu adiantava meus passos, chegando, subi as escadas e corri para o meu quarto, lá eu poderia desabar, e chorar, e chorar, já tinha feito pose de menininha forte e grande o suficiente pra resolver os problemas sem prantos na frente dos outros, depois, já sozinha, e em MEU quarto, com porta trancada para assegurar-me de que ninguém escutaria ou assistiria a minha fraqueza, chorei, chorei como uma criança que leva uma bronca(que para ela, foi sem motivo) e logo depois fui adormecendo à medida que minha tristeza aumentava. Amanheceu, aquela noite não fora só uma noite de sono, mas também de reflexão, pensei sobre tudo que as minhas supostas amigas me disseram, ou melhor gritaram pra mim, não gosto de gritos e muito menos delas, era triste aquele fim, fim que eu mesma resolvi dar àquela situação, quando eu digo situação, é a situação inteira, não vou negar que fora difícil de início levar a serio tudo o que eu havia planejado fazer, afinal não é tão fácil deixar de ver suas amigas como sendo suas amigas, mas estava resolvido, elas, de amigas, passariam a ser só companhias, colegas, qualquer coisa que não fosse amigas. Fui aos poucos me distanciando, procurando me interessar por coisas diferentes das quais elas julgavam interessantes, foi duro e está sendo duro de vez em quando, mas eu aguento, ainda sou uma menininha forte o suficiente pra levar à diante as coisas que eu planejo, que eu planejo sozinha.

só, adaptando - se.

"Deixamos pra depois uma conversa amiga
Que fosse para o bem, que fosse uma saí­da
Deixamos pra depois a troca de carinho
Deixamos que a rotina fosse nosso caminho
Deixamos pra depois a busca de abrigo
Deixamos de nos ver fazendo algum sentido"

Amanhã ou Depois - Nenhum de Nós


Do jeito que está, onde estou e como estou, estar em meio a uma multidão ou em qualquer lugar ermo não faria muita diferença. Acredito(sem absoluta certeza) que não há mais nada(pelo menos nesse instante) que poderia solapar - me. É, estou só, admito que por escolha minha, mas a coisa mais incrível que notei é que, eu estou só e estou(ou talvez finjo estar) bem(muito bem). Antes, eu confesso, era mesmo 'charminho' quando dizia me sentir só, hoje eu sinto coisa diferente, coisa maior, solidão de verdade(se é que isso é mesmo solidão), um sentimento grande, mais intenso que das outras vezes. Por vezes sinto falta das conversas, das trocas de confidências, dos conselhos; prefiro assim, assim só, posso enxergar agora, a sutil diferença entre ter amigos e conhecidos, enxergo agora que um grande contingente de pessoas amam as coisas que fazemos por elas e para elas bem mais que a nós mesmos e cada um é só mais um, solitário...

o que dói

Separação dói.
muito.