Conversa estranha com Estranho I


E então, um estranho me chama pra conversar, conversamos e ele me pergunta:
- Porque você não olha nos olhos da pessoa quando conversa?
E eu realmente fico sem saber o que responder, e digo apenas: 
- Eu não sei, acontece sempre. - e olho pr'o céu.

Infinita Highway


Se é verdade que somos do tamanho dos nossos sonhos, escolhi ser infinita.

Volto, as vezes.

Depois de anos sem registrar minhas inquietudes, eu (acho que) estou de volta. Mas agora volto aos vinte, talvez mais madura e com certeza mais chorona, talvez menos dependente e com certeza rodeada por um número menor de amigos. Conquistei as coisas que queria, mas agora eu não tenho certeza do quero, as vezes estou satisfeita, outras quero mais, e tem as vezes que eu não sei o quero ou as que não quero nada.

Com o tempo percebi que certos momentos são vividos e feitos pra viver para sempre dentro da gente, é como quando eu era menor, quando eu corria para a praia, e depois de brincar com as ondas, tentava, em vão, colher as espumas mais belas, com os mais belos formatos que via, pra mostrar pra os meus pais, e por mais que eu me esforçasse, por mais que eu corresse, e por mais que eu insistisse depois para que eles viessem ver, eles não vinham, talvez eles já tivessem visto muitas espumas. Aposto que nunca verei iguais, aposto que nunca irão ver iguais as que eu vi.

Esqueci certas coisas em pessoas que depois pensei, erradamente, serem minhas.