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Sei que pode ser besteira, tipo daquelas que criança fantasia sobre o amor, mas estou embriagada de sono (e de vinho também) e nao dá pra ir dormir sem pensar em nada, sem aproveitar esse momento nada sóbrio para jogar 'conversa' fora à respeito de algum assunto leviano. Voltando ao amor, que fora citado agora a pouco, quero falar de amor entre homem e mulher, quero falar sobre meu companheiro. Não sei onde ele está agora, até porque, a gente ainda nem trocou telefone, nem endereço, a gente nem se conheceu ainda. Vou toda sexta-feira a um bar, qualquer um que tenha movimento. A gente não marcou encontro ainda, a gente não se conhece e em casa isso nunca vai acontecer, por isso saio. Ele vai sentar ao meu lado, sem segundas intenções, porque segundas intenções são para o segundo mês em diante e ele vai perceber isso pelo jeito como me sento curva na cadeira, pelo riso tímido, pela roupa ou quem sabe até pelo tipo de música que ouço. É por ele que saio todas as noites livres, por ele que rio, por ele, por ele e por mim.

Andavamos tão juntos que (meu deus), só faltavamos dar as mãos para que fossemos confundidos com namorados. Ele era a primeira e a ultima pessoa que recebia mensagens minhas no início e no fim do mês quando o saldo do meu celular era creditado e expirado. Na verdade, eu só mandava mensagens para ele mesmo.

Era um garoto complexo (como eu), e por muitas vezes nos confundiamos tentando nos entender, vezes obtivemos exito, outras deixamos 'pra lá'. Nunca encontramos a tampa da nossa panela, nossa alma gêmea ou a outra metade da laranja, sim, ele também tinha uma vida amorosa fracassada (como eu). 25/09/09

Em dois dias longos, parecia ter vivido um ano quase que inteiro, tive a sensação de que havia uma alegria por trás daqueles ultimos 8 meses repletos de dias tristes e tediosos. Entrei naquele ônibus metade desesperançosa, e outra metade aliviada, afinal, iriam ser dois dias longe, exatamente tudo que eu precisava naquele momento. 08/10/09